terça-feira, 14 de setembro de 2010

Palavra por palavra pra dizer o que?

Guardo, intactos, comprimidos entre folhas pautadas, trechos de textos que na minha cabeça ficam dispersos e vulneráveis a tudo que penso

Não tenho o que dizer. Acredito nisso. Mas não me sinto assim.
Me sinto tão presa quanto distante de mim. E não é nítida a diferença entre prisão e segurança, distância e liberdade.
Trata-se do que espelho ao ter contato com os seres que abrigo. O contato com quem eu fui e com quem serei.
Nesse momento, mais do que em qualquer outro, sinto intenso o contato com quem eu não queria ser e mesmo assim fui e sou.
No entanto, tenho a lembrança de como é estar na pele de quem serei.

Data provavemente de 3 de agosto. Me disseram que a névoa no propósito faz parte da idade


Foto: El Tigre, Bs. As. Argentina (jul 2010)