quinta-feira, 27 de junho de 2013

Janelas Afora

Sem preço ou prazo
a vista me cobra lembrar
que a cidade vive do dia
a renasce na madrugada
Sem jamais morrer
sem nunca ser nada
Nos livros é mentira
na rua já é verdade
O céu aberto nos adentra
Levamos os desaforos pra casa
e entre aforismos e novas gírias
casamos o que éramos
com tudo o que seremos
Independente de onde estamos
somos apenas o que somos
O que era pra ser não é
mas se soma ao que será
Somos a cidade no escuro
com as luzes a oscilar

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