A
palavra se contorce
Para chamar atenção
Atrelada as páginas-anzóis
Não passa de uma isca
Pairando na bonança
As linhas aguardam
São pautas de pesca
Parece comida, flutua
Mas é só papel e tinta
O leitor a espreita
Afim de se encher
Contra a correnteza
Abocanha a imagem
Fisgado pela ideia
É lançado à superfície
Peixe fora d’água
Se debate brusco
Ferido pelos ventos
Agora não tem volta
Que aprenda a respirar!

Nenhum comentário:
Postar um comentário